Sombras da Primavera - Keila Gon
Olá, seus lindos!!Essa resenha faz parte do Book Tour organizado pela Ana Paula, do Livros de Elite, e a resenha do primeiro volume da trilogia, Cores de Outono, já está aqui no blog. Caso não tenha lido, aconselho dar uma passadinha por lá antes de ler essa aqui. ;)
▬▬▬▬▬▬ ♥ ▬▬▬▬▬▬
Autora: Keila Gon
Editora: Novo Século
Ano: 2014
Páginas: 461
ISBN: 9788542803655
Sinopse: Amor, escolha, compromisso... No segundo volume da saga, Melissa e Vincent lutam para perseverar em suas promessas e arriscam suas vidas para encontrar uma resposta... Quem controla o coração? O medo ou o amor? Conflitos agitam a frágil realidade do Mundo Físico, enquanto intrigas se multiplicam em um Mundo Mágico, inóspito, onde nem tudo é o que parece ser. Amizades improváveis surpreendem com novas alianças; maldições e traições colocam o perigo perto de quem se ama. Sombra e Luz estão em confronto mais uma vez... entre dificuldades e perdas, a esperança renasce com uma surpreendente descoberta e apenas a herança de uma linhagem única poderá mudar o rumo dessa história. Melissa e Vincent confiaram no destino, agora, precisam confiar na força deste amor. Sombras da Primavera é a eletrizante continuação de Cores de Outono. A trama criada por Keila Gon torna-se ainda mais profunda e reveladora neste segundo volume. Com uma narrativa atraente e inspiradora, cenários fantásticos e personagens impactantes, Sombras faz o leitor mergulhar em um território desconhecido, aterrorizante, mas também, encantador.
[Nota Pessoal]
Terminamos o Cores de Outono, com um acontecimento que evidencia os perigos que estão presentes na montanha. Por conta disso, Vincent se torna muito mais cauteloso com relação a Melissa, tentando protegê-la de tudo quanto é jeito, com medo de que ela esteja em risco. Em Sombras da Primavera, Vincent tenta esconder de Melissa todo e qualquer detalhe sobre o mundo mágico, achando que assim pode protegê-la. Melissa, por sua vez, sente necessidade de conhecer o lugar de onde seu amado veio, já que o romance entre eles cresce cada vez mais. Como se isso não fosse suficiente, surgem indícios de que existe uma maldição grudada na linhagem de Vicent. Tal maldição pode afetar também Melissa, fazendo com que os dois se vejam diante de um dilema: ficarem juntos mesmo que coloquem suas vidas em perigo ou ficarem separados e para sempre infelizes.
Se tem uma coisa que eu gostei bastante desde o primeiro livro, essa coisa é a escrita da autora. Keila mantem a sua maneira simples e natural de escrever, deixando aquela sensação de leveza. Apesar de muito minuciosa em sua escrita, a autora não deixa a história ficar massante e/ou cansativa. Ao detalhar cada coisa do mundo mágico, ela nos proporciona uma visão ampla e muito bonita do lugar, que acrescenta certo diferencial ao mesmo. Sua forma de conduzir os acontecimentos, de maneira que desperte a curiosidade do leitor, também é outra coisa que permanece bem viva durante a narração. E, devo dizer, que isso foi o que contribuiu bastante para que a leitura fluísse de forma tranquila até seu fim.
Diferente do Cores de Outono, os capítulos não são todos narrados por Melissa. Keila nos surpreende com narrações do ponto de vista de Vicent também. O mais legal dessa alternância de perspectivas, é que fica bem evidente quem está narrando a história. A autora soube exatamente como separar as personalidades e torná-las tão diferentes que somos capazes de identificar o narrador na primeira frase do capítulo. Além disso, nos permitiu entender melhor como Vicent se sente em relação a Melissa, seus pensamentos mais pessoais e suas atitudes. Não sei vocês, mas eu acho muito importante conhecer melhor os personagens principais de uma história.
“Por mais que desejasse ir atrás dela... por mais que desejasse seu perdão, sua aceitação... Era hora de fazer o certo. Por ela. E, talvez, essa fosse minha última chance. A maldição dos magos das sombras estava nos rondando, como um fantasma. E não podia deixar de pensar que, o episódio de hoje, foi a confirmação mais próxima de sua veracidade.”
Um ponto MUITO diferente em relação ao primeiro livro, é o clima da narração. Como todo segundo volume de uma trilogia, essa história tem um clímax muito mais intenso e agitado. É o momento em que as coisas começam a ser reveladas aos poucos e o cheirinho de mistério ronda o ar. Para mim, essa mudança de ritmo foi bastante positiva, principalmente porque deu mais destaque aos perigos e problemas da montada e aos personagens secundários, permitindo que o leitor conheça mais sobre eles.
Entretanto, algo que já tinha me incomodado no primeiro livro, continuou em Sombras da Primavera. O romance. Melissa e Vicent continuam com aquele amor água com açúcar, bem meloso e chatinho. A semelhança com a saga Crepúsculo, de um modo geral, deu uma amenizada, mas o casal continua um exemplo de Bela e Edward. Sempre que eu chegava em uma cena de romance entre eles, tinha vontade de pular aquela parte do livro. Mas não o fiz, afinal poderia conter alguma informação importante para a história como um todo. O excesso de proteção que o mago tem com sua amada é irritante, além de ser bem repetitivo todas as vezes que ele vai explicar seus motivos. Vicent a trata como se ela fosse uma donzela indefesa a espera de um príncipe que a proteja, como se ela fosse quebrar a qualquer momento. Eu entendo que ele se preocupa com Melissa, e no começo era bem legal esse cuidado dele, mas depois foi muito mimimi. Eu tenho a personagem como uma mulher forte, que consegue se defender. Então, acredito que essa atitude dele é o que tira toda a potencialidade na voz de guerreira que Melissa tem. Por isso, para, migo! Tá chato!
Também me incomodou bastante a falta de evolução na narrativa. Como assim? Bom, não teve nada de ruim, o que é ótimo. Mas, igualmente, não teve nada que agregasse. Ficou estagnado na mesma coisa. As cenas que deveriam tirar o fôlego, acelerar seu coração e fazer correr adrenalina pelas suas veias, continuaram sem um avanço, sem emoção, a meu ver. E, mesmo que alguns acontecimentos possam ser surpreendentes para alguns, para mim foram previsíveis. Por fim, assim como no primeiro livro, a quantidade de cafezinhos que daria estava oscilando mais uma vez. Logo, o resultado final não foi diferente de Cores de Outono, ocasionando na mesma nota.
"Por longos segundos, fiquei presa na intensidade daquele olhar. Nele vi, com clareza, o temível mago das sombras, o homem instável que buscava fazer as escolhas certas, o garoto revoltado que sentia medo... e todos eram um."
Oi Helena!!!!
ResponderExcluirQuerida, muito obrigada pelo carinho com o BT e pela resenha sincera e muito bonita!
Espero que vc goste mais de Luz de Inverno que logo, logo estará aí para finalizar essa trilogia mágica!
Bjo^^
www.livrosdeelite.blogspot.com
Oi Lena,
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Sincera como sempre. Também indico essa leitura para quem gosta de fantasia com romance. Gosto bastante.
bjs