[ENTREVISTA] Luiz Henrique Mazzaron

14:10 Helena Dias 10 Comments

Estudante, Luiz Henrique Simão Mazzaron nasceu em São Bernardo do Campo, mas viveu toda sua vida em Santo André, São Paulo. Durante o Ensino Fundamental, passou por uma época difícil e encontrou refúgio nos livros policiais e de suspense. Adorador da literatura estrangeira, usou-a como base para suas obras da série Máscara. Skoob do autor

Café com Livro: Luiz por Luiz.
Luiz: Tenho 20 anos, sou estudante e pretendo me formar em engenharia biomédica. Sou perseverante, bem-humorado, muito tímido (mas já melhorei bastante!) e muito, mas muito ansioso e perfeccionista às vezes. Amo desde sempre livros, games e filmes/séries, sempre tendo preferência pelos de terror, fantasia e policial! E sou definitivamente uma pessoa péssima para falar de mim mesmo rsrs

CcL: Sabemos bem que, infelizmente, a literatura nacional não é tão valorizada quanto deveria ser. Então, o que te motivou a querer escrever um livro?
L: Acho que minha maior motivação foi um desejo de desafiar meus próprios limites. Sempre li muito e, no colegial, recebia muitos elogios da minha professora de redação. Então passei a me dedicar mais às redações que se seguiram e vi que havia várias limitações para o que eu realmente queria colocar no papel. O resultado disso veio pouco tempo depois, quando finalmente decidi ousar e tentar escrever uma coisa realmente minha, sem número máximo de linhas e outras preocupações. O resto é história rs

CcL: Além de escrever, o que mais gosta de fazer?
L: Leio muito, jogo videogame quando consigo, estudo e saio com os amigos sempre que possível.

CcL: Você se inspira em algum(ns) autor(es)? Se sim, qual(is)?
L: Sim. Acho meio de praxe falar isso, mas cresci assistindo Harry Potter, então tenho muita admiração pela JK Rowling. Mas minhas reais inspirações para iniciar minha caminhada na escrita foram Agatha Christie e Justin Cronin. Atualmente, Stephen King e George RR Martin têm sido minhas maiores influências.

CcL: Criar um mundo paralelo pós-apocalíptico não é fácil. Histórias assim costumam ser
complexas e, em sua maioria, difíceis de ser elaboradas. Como foi o processo de criação de Máscara? Teve muita pesquisa? Demorou quanto tempo para concluir o livro?
L: O processo foi turbulento. O livro surgiu do meu vício em filmes/games de terror, e decidi usar toda a “carga e experiência” que eu tinha para tentar criar uma coisa diferente, sempre buscando inserir elementos diferentes à trama para que ela não se agarrasse apenas ao terror. Por isso creio que essa foi a única pesquisa que fiz!
E, quando eu estava na metade do livro, um vírus do mal atacou meu pc e eu o perdi todo. E não, eu não tinha gravado em pen drive nem nada. Levei um tempo para aceitar a minha burrice e voltar a escrever rsrs Mas creio que isso valeu muito como experiência e até ajudou um pouco no processo de criação do livro, pois consegui alterar algumas coisas na história.
Com tudo isso, acho que levei cerca de um ano para escrever.

CcL: Muitos fizeram uma conexão da sua história com Jogos Mortais, inclusive eu. Entretanto, também me lembrei de Silent Hill e Resident Evil em algumas partes. De certa forma, eles foram uma inspiração para você?
L: Com certeza! Jogos Mortais foram, sem dúvidas, minha principal fonte de inspiração. Mesmo sendo visualmente brutal, eu acho incrível o simbolismo e a engenhosidade utilizados em cada um dos jogos e suas vítimas.
Resident Evil teve sua parcela de culpa por me fazer inserir os zumbis na história, e Silent Hill ajudou um pouco na construção do Domus.

CcL: Uma das coisas que mais impressionou no livro foi como os personagens são bem construídos. Eles foram inspirados em pessoas reais ou você os imaginou?
L: Fico imensamente aliviado quando falam isso! Para mim, os personagens são quase tão importantes quanto o fundamento da trama em si, pois são eles que conduzirão tudo.
Eu criei todos sem nenhuma inspiração em pessoas reais, pois acredito que isso limitaria as coisas (principalmente na hora de ter, digamos, tirar alguns deles de cena). Busquei criar os personagens sempre fugindo de estereótipos e tentando ao máximo acrescentar e trabalhar uma história por trás de cada um. Tive especial cuidado com os oito jogadores no Domus, que são os que acompanhamos na maior parte da trama.

CcL: Ao todo, quantos livros tem a série?
L: De início, pretendia fazer com que a série tivesse seis livros. Mas, com o passar do tempo, pensei melhor e alterei diversas coisas no futuro da série, e creio que será uma quadrilogia agora!

CcL: Tem previsão de lançamento para o segundo livro?
L: Infelizmente, não há nenhuma previsão de lançamento...

CcL: Está escrevendo algo novo?
L: Sim! No momento estou trabalhando em um livro de dark fantasy chamado Promessa das Sombras, que envolve bruxas, vingança, bizarrices e afins.
Mas já tenho outros três livros prontos: Máscara – O Jogo não Acabou (segundo volume de Máscara), Lembranças Não Morrem (livro único de suspense/terror psicológico) e O Sol Perdido (primeiro volume da trilogia As Lendas de Illusa). Nenhum tem previsão de lançamento também...

CcL: Tem alguma mania de escritor? Qual?
L: Tenho três: só escrevo no meu quarto, com música bem alta e sempre preciso de uma caneca de chá mate do meu lado

CcL: Está lendo algum livro no momento? Se sim, qual? Recomendaria?
L: Estou lendo A Herdeira. Estou nas primeiras páginas, mas até agora as coisas estão bacanas (melhores que A Escolha, com certeza!). Recomendo para quem acompanha a série!

CcL: Deixa um recado para os seus fãs.
L: Agradeço demais aos meus leitores por sempre serem tão fantásticos e psicopatas, sempre me ameaçando pelo segundo volume de Máscara! Vocês são os responsáveis pela minha continuidade na literatura brasileira! Obrigado por todo o apoio e amizade, e por terem ousado a se aventurarem pelo Domus e ainda quererem voltar!
E, para quem curte terror com pitadas de fantasia, e que não conhece Máscara – A vida não é um jogo, deixo o convite para que conheçam minha obra no Facebook ou no Skoob! Venham fazer parte da família mascarada também!
Muito obrigado à você também, Helena, por ter aberto esse espaço no blog para essa entrevista. Gostei muito!

Preferências
Livro: E Não Sobrou Nenhum, da Agatha Christie
Música: Snuff, do Slipknot
Autor(a): Stephen King
Personagem: Atualmente, Cersei Lannister, de Game of Thrones (acho ela uma personagem multifacetada e muito bem construída; relação de amor e ódio total!)
Filme: A Múmia (1999)
Cor: Preto (não sou gótico rsrs)

Rapidinhas
Uma frase: Let’s play a game
Uma inspiração: meu avô
Amigos: os irmãos que nunca tive
Uma meta de vida: estudar no exterior
Eu vivo... tentado andar em linha reta por caminhos tortos
Eu amo... uma boa tarde com chuva e ideias frescas na mente


Gostaria de agradecer ao Luiz por ser essa pessoa incrível de tão simpática!! Desejo todo sucesso do mundo porque ele merece horrores!!

Mais informações sobre o livro

Espero que tenham gostado!!
Beijos Literários!!

10 comentários:

  1. Ahhh que querido!
    Fiquei imaginando a raiva dele quando perdeu tudo do PC e não tinha salvo no pendrive :( mas como ele disse, é pra aprender, né?
    E eu já queria ler Máscara, agora que sei que Jogos Mortais foi uma grande inspiração quero ainda mais! E ele só escreve com música alta? Caramba hahaha não consigo nem ler nem escrever em ambientes barulhentos.
    Adorei e tô querendo muuuuuuito ler esse livro.
    Sucesso pro Luiz!

    Beijos,
    Duas Leitoras

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    1. Kemmy, o livro é muito bom!! Tem resenha dele aqui no blog.
      Eu também só escrevo com música. Ler com música só quando estou fora de casa porque me ajuda a manter o foco e não me distrair facilmente. Hahaha

      Beijos e obrigada pela visita!

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  2. Lena, parabéns pela entrevista. Achei o autor com cara de bebê (elogio) e super, mas super fofo!
    Vida de escritor não é fácil e sempre opção por uma profissão que também amam para continuar a escrever (que não é fácil). Simplesmente fofo. *-*

    www.primeiras-impressoes.com

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    1. Eu também acho, Mary!! hahahaha... E, sim, ele é um fofo mesmo!!

      Beijos e obrigada pela visita!

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  3. Adorei a entrevista <3
    Muito bom saber um pouco mais sobre ele.

    www.revistadarafa.com.br

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  4. Mas que entrevista, hein, Helena?

    Adorei saber mais sobre um autor tão novo e tão criativo. Sempre ouvi falar muito bem do livro e espero ter a oportunidade de lê-lo em breve.

    Abraços,
    Rodolfo
    Atributos de Verão

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    1. E ele é um fofo!! Super simpático!! Adorei virar parceira dele!! Hahah
      Uma dica: Fica de olho na fanpage do livro que ele está sempre abrindo seleção para parceria!! ;D

      Beijos!!

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