[LITERATURA EM MOVIMENTO] Tema de Julho - Violência

12:28 Helena Dias 2 Comments

Oi, seus lindos!!

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O tema do mês de julho foi algo mais à vontade, digamos assim! E, acho que exatamente por isso, ficou um pouco mais complicado saber do que falar. 
Vamos lá!

Durante esse tempo que tivemos, eu pensei bastante sobre que tema escrever. A legalização do casamento LGBT nos EUA, o governo Dilma (ou PT, como preferir), manifestação de taxistas contra o Uber, a medalha de ouro das meninas do handball no Pan... Tantos assuntos diferentes, e eu poderia falar de qualquer um deles; desde o mais sério e conscientizador até o mais engraçado e descontraído. Mas, eu queria falar de algo que não fosse notícia apenas agora, queria algo que estivesse presente desde sempre na nossa realidade. Foi então que eu decidi falar sobre violência.

ESSE TEXTO NÃO TEM TÍTULO
(Nem imagens. São só pensamentos)

O que é violência? Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Tantas definições... mas não acho que nenhuma dessas representa o impacto que uma pequena palavra, nove letras, pode causar. 

O que gera violência? No aglomerado de acontecimentos que vivemos nesse "maravilhoso" século XXI, não acho que exista por quê. Na verdade, ao mesmo tempo que não existe uma razão aparente, tudo se torna um motivo plausível.

Vai dizer que você nunca ignorou algum ato de violência que presenciou? Não sejamos hipócritas. Todos já fizemos isso. Seja para nos proteger, proteger outros ou simplesmente por não saber o que fazer. Eu já fiz isso. Acredito que parte da nossa reação deriva do medo que temos, do receio de que seja a nossa vez de sofrer tal ato. Falo isso porque faço parte da estatística de pessoas que sofreu algum tipo de violência - física e verbal - e sei como é difícil lidar com isso, como é difícil sair nas ruas quase se escondendo nos cantos com medo de que tudo se repita."Que país é esse?", já dizia Renato Russo. 

Veja bem que não estou falando somente de violência física, mas também de todas as formas que ela pode se manifestar; palavras, gestos, olhares, sexo... E onde quer que ela possa aparecer; rua, casa, escola, internet... Tanto, que eu nem quis ilustrar esse texto com imagens; não sei se vocês aguentariam, não sei nem se eu aguentaria.

Nossos dias e noites já são constantemente bombardeados por notícias violentas das mais diversas formas. Ilustrações, sons e até vídeos. Infelizmente, tornou-se algo rotineiro. Tomou proporções tão imensas e onipresentes que ficou muito mais fácil ignorar do que lutar contra ela. Então, acho que não precisamos ver mais disso aqui. Ler já é ruim suficiente.

Não quero me prolongar muito, mas não posso deixar de dizer que é uma tragédia pelas dimensões brutais que assume, e uma vergonha porque, antes de policial, o problema é social, já compreendido e investigado, à espera apenas de decisões políticas. À espera, principalmente, de um processo de conscientização das pessoas, hoje massacradas pelas “verdades oficiais”, caindo gota a gota pelas mídias da vida, que insistem em nos fazer crer que vivemos no melhor dos países, pois Deus é brasileiro, aqui não tem guerras, terremotos ou vulcões e, acima de tudo, é o país do futebol e do Carnaval.

Bom, gente!! É o temos para hoje!!
E você? O que tem a dizer sobre esse assunto?

Beijos Literários!

2 comentários:

  1. Lena, gostei muito do seu texto. Infelizmente é a realidade que vivemos. Quando se ouve a palavra violência, tendemos a associar com o lado físico da coisa, mas as várias formas de violência são assustadores e até mais dolorosa que a física.

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  2. Oi Lena,

    É incrível como a violência está inserida no nosso dia a dia. Nem assisto mais jornal.

    Adorei seu texto. bjs

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